A depressão é um dos transtornos de saúde mental mais frequentes, acometendo mais de 300 milhões de pessoas no mundo todo. Apesar de ser uma doença comum, a depressão também é muito séria, podendo afetar a vida pessoal, social e profissional.
De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) a depressão ocupa a 2ª posição entre as principais causas de incapacidade para o trabalho.
Além de fatores de ordem genética, biológica, ambiental e social, esse transtorno mental também pode ser desencadeado ou agravado pelo próprio ambiente em que a pessoa trabalha. Isso porque os trabalhadores passam, diariamente, por diversas situações que podem levar à doença, como jornadas de trabalho exaustivas, cobranças constantes no trabalho, exposição a situações de risco e muito mais.
Mas será que existem profissões e ocupações que são mais propensas a desenvolver depressão do que outras? A resposta é sim. A seguir, você verá quais são.
Profissões com maior índice de depressão no trabalho
Policiais e profissionais de segurança
Esses profissionais lidam diariamente com a segurança das pessoas e, por isso, estão sempre expostos a situações de risco, como agressões e acidentes. Além disso, eles possuem uma carga e jornada de trabalho que pode ser muito exaustiva, tanto mental quanto fisicamente.
Profissionais de saúde
Médicos, enfermeiros, socorristas e cuidadores são alguns exemplos de profissionais da área da saúde que sofrem de depressão. Isso se deve pelas longas jornadas de trabalho, excesso de plantões e, principalmente, a sobrecarga emocional. Afinal, eles lidam diariamente com a vida e com a morte de pessoas, tendo de ser fortes e profissionais em situações que são extremamente tristes.
Professores
A educação é uma das profissões mais desvalorizadas em nosso país, e isso reflete na saúde mental desses profissionais. Os salários baixos, a sobrecarga de trabalho, a cobrança dos pais e diretores são alguns dos motivos que podem desencadear uma depressão no trabalho.
Garçons
Trabalhar com o atendimento ao público nem sempre é fácil, principalmente se você trabalha em restaurantes, bares e outros estabelecimentos alimentícios. Quem é garçom entende isso, pois precisa trabalhar longas horas em pé, lidando com pessoas, preços, horários e inúmeras informações que sobrecarregam a mente.
Assistentes sociais
O profissional de assistência social lida diretamente com situações delicadas de outras pessoas, dando orientações e ajuda para que tenham acesso a serviços que atendam às suas necessidades. Em muitos casos, ele precisa atender a crianças que passaram por abuso ou abandono infantil, além de violência doméstica, agressão e muito mais. Se o assistente social não tiver acompanhamento psicológico, há um grande risco de desenvolver um quadro de depressão.
Profissionais de telemarketing
Assim como os garçons, os profissionais de telemarketing também passam por situações bem desagradáveis durante o atendimento ao cliente. É comum lidar com clientes grosseiros, exigentes e insensíveis, o que torna a rotina de trabalho triste e sem motivação. Além disso, os salários baixos não são compatíveis com a alta demanda de metas que precisam ser batidas.
Consultores financeiros e contabilistas
Trabalhar com questões financeiras é desafiador e exigente por si só, pois qualquer dado divergente pode trazer inúmeros prejuízos. Mas, além disso, quem trabalha no setor financeiro lida com o dinheiro de outras pessoas, tornando a cobrança ainda maior. A instabilidade do mercado e também pode gerar incertezas que trazem tensão, ansiedade e estresse mental.
Profissionais do setor administrativo
Consultores de vendas, secretários, atendentes e auxiliares administrativos também são profissionais que entram na lista de mais diagnosticados com depressão. Os principais motivos são a cobrança excessiva, lideranças tóxicas, falta de clareza nas informações e exigências contraditórias. Além disso, os salários tendem a ser baixos em comparação à carga de trabalho.
É claro que essas não são as únicas profissões com grandes índices de depressão. Mas, segundo a revista Health e o Ministério da Previdência Social, essas são as carreiras com mais registros de profissionais diagnosticados com transtorno depressivo.
Como reduzir o risco de depressão no trabalho?
Se a sua empresa se enquadra em alguma das categorias acima, não deixe de revisar os processos e ações para preservar a saúde mental da equipe. Aqui vão as melhores dicas práticas:
Fale sobre saúde mental abertamente com a sua equipe, encorajando os colaboradores a buscar ajuda quando necessário;
Evite sobrecarregar os colaboradores com uma carga excessiva de trabalho;
Defina metas realistas e evite cobranças irrealistas durante a rotina de trabalho;
Treine os gestores para praticarem uma liderança empática;
Realize atividades físicas e técnicas de relaxamento, como a ginástica laboral;
Incentive as pausas para descanso e evite o excesso de horas extras.
Além disso, se você é colaborador de uma empresa e está enfrentando sintomas como desânimo, tristeza constante, improdutividade, dificuldade de concentração, apatia, mau-humor ou irritabilidade, procure ajuda de um profissional especializado. Alterações no sono, no apetite e nos hábitos sociais também podem indicar um quadro de depressão e precisam ser acompanhados por psicólogo ou psiquiatra.
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