O afastamento do trabalho ocorre quando um colaborador precisa se ausentar da empresa por um determinado período assegurado por lei. Geralmente, o motivo desse afastamento está relacionado à saúde, mas existem outras razões pelo qual isso acontece.
Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mais de 459 mil trabalhadores precisaram se ausentar do emprego no ano de 2020.
A questão é que, quando isso acontece, todos acabam sendo afetados de alguma forma. O trabalhador é prejudicado por enfrentar um problema de saúde ou acidente de trabalho, que o leva a se afastar do trabalho por incapacidade.
Já a empresa é prejudicada pela queda na produtividade e pelos gastos adicionais. Isso porque, mesmo com o colaborador afastado, a companhia ainda deve arcar com as despesas dele por até 15 dias. Além disso, dependendo do caso, existem os custos com consultas, tratamentos, multas e indenizações.
Para evitar esses gastos na sua empresa, você precisa entender o que ocasiona um afastamento, implementando ações de controle.
O que é o afastamento do trabalho?
O afastamento do trabalho consiste na ausência do funcionário nas dependências da empresa por algum motivo justificado pela lei. Quando isso acontece, ele não sofre prejuízos no pagamento do salário, desde que a ausência seja justificada.
Todas as regras sobre o afastamento do trabalho estão previstas nos artigos da CLT, a Consolidação das Leis do Trabalho.
Na maioria das vezes, o afastamento se dá por problemas de saúde ou acidentes de trabalho. Porém, existem algumas situações específicas que também possibilitam a falta justificada do colaborador sem impactar no salário.
As situações e quantidade de dias de ausência estão listados a seguir:
Morte de um familiar — dois dias consecutivos;
Licença casamento — três dias consecutivos;
Nascimento de filho — cinco dias consecutivos;
Doação de sangue — um dia a cada 12 meses;
Alistamento eleitoral — dois dias;
Acompanhar esposa grávida ao médico — até dois dias por ano;
Acompanhar o filho de até seis anos ao médico — um dia por ano;
Licença maternidade — de 120 a 180 dias;
Aborto não criminoso — duas semanas;
Doença ou acidente de trabalho — 15 dias.
Esse último caso é um dos mais prejudiciais às empresas, pois o empregado fica impedido de trabalhar e, durante esses 15 dias, o empregador paga seu salário normalmente. Após esse período, a responsabilidade desse pagamento passa a ser do INSS.
O fato é que nenhuma empresa quer que seus empregados sejam afastados. Porém, muitas vezes, elas não sabem o que fazer para evitar que isso aconteça.
É por isso que, a seguir, listamos algumas das principais causas de afastamento por doença ou acidente de trabalho. Além disso, te mostramos as melhores formas de investir no bem-estar dos colaboradores para evitar que mais afastamentos ocorram.
Principais causas de afastamentos do trabalho
Afastamento por Distúrbios Osteomusculares
De acordo com os dados do INSS, das 20 maiores causas de afastamento do trabalho em 2020, 14 foram causadas por distúrbios osteomusculares, como dores nas costas, hérnia de disco, artrose da coluna e dores nas articulações, tendões e músculos.
Isso só comprova que as LER/DORT ainda são um problema muito sério e pouco combativo pelas empresas, que precisam investir em ergonomia e qualidade de vida no trabalho.
Afastamento por Acidente de Trabalho
Seja pela falta de investimento em segurança do trabalho (como Equipamentos de Proteção Individual e treinamentos de segurança) ou pelos acidentes de percurso, os acidentes ocupacionais continuam a ser um grande motivo de preocupação das empresas. Além de prejudicar a saúde e integridade do trabalhador, o acidente também gera um grande número de afastamentos.
Os principais acidentes, nesses casos, são lesões e fraturas de membros como mãos, dedos, braços, ombros, pés e joelhos.
Afastamento por Transtornos Mentais
Além dos problemas físicos, a saúde mental também deve ser uma preocupação da empresa. Afinal, segundo o INSS, a concessão de auxílios-doença e aposentadorias por invalidez causadas por transtornos mentais bateu recordes em 2020.
As doenças psicológicas que mais afetaram os trabalhadores nesse período foram a ansiedade, a depressão e o burnout.
Aqui, é possível identificar dois motivos pelo aumento dos casos de transtornos mentais. O primeiro deles é a sobrecarga de trabalho e o excesso de preocupações no ambiente profissional. O segundo é a relação direta com a pandemia, que abalou as emoções e o psicológico de praticamente todos os brasileiros.
Como reduzir e evitar o índice de afastamento na empresa?
Tendo em mente quais são os principais motivos de afastamento, as estratégias para evitar essas ocorrências devem ser focadas na prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais, tanto físicas quanto mentais.
Por isso, a sua empresa precisa investir constantemente em ações que promovam um ambiente saudável e seguro.
O principal ponto é o investimento em ergonomia. Para evitar lesões e problemas osteomusculares, o ambiente de trabalho deve ser completamente confortável e ergonômico, desde as dependências dos escritórios até os maquinários e equipamentos nas áreas de produção.
Nos escritórios, por exemplo, as mesas, cadeiras e equipamentos de trabalho, como os computadores, devem ser instalados respeitando o conforto do colaborador, principalmente a coluna e os braços.
Já nas áreas de produção, o espaço deve estar em conformidade com as regras de segurança, com o uso correto dos equipamentos de proteção, máquinas em constante manutenção, supervisão técnica e ferramentas de qualidade.
Além disso, visando a saúde mental dos colaboradores, algumas práticas são aconselháveis: oferecer premiações ou bonificações no alcance de metas; implementar horários flexíveis; dar feedbacks constantes; celebrar as pequenas conquistas; promover a integração entre colaboradores e fazer o máximo possível para tornar o clima organizacional mais tranquilo e positivo.
Essas são apenas algumas dicas para você aplicar no seu negócio. Como você pode ver, a solução para reduzir o índice de afastamento do trabalho é mais simples do que aparenta. Porém, a solução muitas vezes é mais simples do que aparenta. Basta valorizar a sua equipe e investir em saúde e segurança com estratégias concisas e eficientes.
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